Sorraia

Ao falar desta raça de origem Ibérica, não podemos deixar de lembrar que, se ela ainda existe, isto fica a dever-se à visão de um homem, o Dr. Ruy d` Andrade.

De facto, já numa fase próxima da extinção, e numa altura em que pouco se falava de preservação das espécies, este sábio homem percebeu que era necess
ário intervir sobre a última manada ainda existente, quando a descobriu, por acaso, perto do rio Sorraia, em Coruche.
Daí para diante, foi uma luta permanente, agravada pelos problemas da consanguinidade, luta essa que durou até hoje, já, que os seus descendentes continuam o trabalho que o Dr. Ruy d` Andrade, com muita dedicação, iniciou.

Hoje, os seus descendentes, com particular empenho do Eng.º José Luis Sommer d`Andrade, continuam a manter esta raça na sua propriedade de Fontalva, de onde têm saído exemplares para outros criadores interessados, inclusivé para fora de Portugal.

O primitivo Sorraia já era representado em pintur
as rupestres, sabendo-se da sua utilização posterior pelos romanos.
Foi, assim, o primeiro cavalo a ser domesticado na Pen
ínsula Ibérica. Pensa-se que o Cavalo Andaluz descenderá de cruzamentos dos ancestrais Sorraias, bem como o actual Lusitano.

A raça, em si, é caracterizada pela robustez dos animais, não obstante a sua pequena estatura, que se deve às condições do solo, terras pouco férteis, onde a raça se manteve durante centenas de anos.

o, naturalmente, cavalos de trabalho, embora possam com muita facilidade dedicar-se a outras actividades hípicas.
Apesar do seu temperamento
muito independente, o Sorraia dá um bom cavalo de sela, embora tenha características muito próprias.

As cores características são o baio e o cinzento
-rato.
A sua altura ronda os 1,30 – 1,40 m.

O ano de 2004 tem a particularidade de ser o Ano Nacional Oficial do Cavalo do Sorraia.