Hamster Roboroskii

 

Nome científico: Phodopus roboroskii

Origem:
O Hamster Roboroski é o mais pequeno animal domesticado conhecido, já que o comprimento do seu corpo não vai além dos cinco centimetros em média.
É uma espécie nativa do Norte da China e herdou o nome do seu descobridor.

Como animal de companhia:
Ao contrário de outros roedores não há problema em se ter um casal, já que procriam muito raramente, sendo só sexualmente maduros por volta de um ano e produzem
apenas uma ou duas ninhadas durante toda a vida.

Esta pequena criatura, devido ao seu aspecto fofo, delicado e curioso, exerce um grande fascínio nas pessoas e desde há alguns anos que tem sido comum encontrá-lo em lojas de animais.

É uma espécie descoberta recentemente, pois era desconhecido até há uma centena de anos e só desde a década de 70 é que começou a ser criado em cativeiro.

O seu maneio não é simples, embora não seja hábito morderem, são criaturas que rapidamente tentam escapar da mão do dono se tiverem essa possibilidade. Devido ao seu tamanho e sua velocidade pode não ser fácil apanhá-lo de novo, pelo que é preciso ter cuidado quando se faz a limpeza das gaiolas.

Gaiolas

Como são bastante ágeis e esguios não se recomenda gaiola de barras, sendo o melhor é usar uma gaiola de plástico ou vidro que não tenha possibilidade de alcançar o topo, ou que esta esteja seguramente fechado, dado que como gostam de trepar é muito fácil depois escaparem.

Normalmente tem uma coloração dourada-alaranjada na cabeça e dorso, sendo branca ou acinzentada na
zona abdominal fazendo um contraste interessante. Normalmente tem uma mancha branca à volta do nariz, bem como uma zona branca que rodeia os olhos.

É um animal social, e que se habituado desde novo a conviver com outros da sua espécie pode fazê-lo em harmonia. No entanto uma vida solitária também não o deixa infeliz,emboraem grupo seja mais interessante de observar.
É um roedor nocturno, mas pode ter alguma actividade durante algumas fases do dia.
Tem um temperamento tímido, mas pode proporcionar horas de observação fascinante, dado que adora fazer exercicio numa roda, ou esgueirar-se por todos os recantos e tubos de
uma gaiola. É um execelente trepador e um mestre em se escapar da gaiola se por acaso lhe for dada oportunidade.

Alimentação:

Em relação à alimentação, é parecida com a dos outros hamsters, consistindo em ração normal para hamster que se pode encontrar nas lojas de animais que deve estar sempre disponivel, acompanhada ocasionalmente de alguns vegetais.
Boas guloseimas para eles que podem ser proporcionadas de vez em quando são milho doce, cenouras e sementes de girassol que adoram.
Devem ter também um biberon de água com bola rotativa sempre disponivel.

Esperança de vida:
Infelizmente, como a maioria das espécies dos hamsters o seu tempo de vida não é muito longo, podendo todavia chegar aos 3 anos. No entanto é sempre fascinante observá-los no seu pequeno mundo e conquistam-nos pelo seu aspecto terno e fofo.



Degu

 

Nome científico: Octodon degus

Origem:
O Degu é um animal originário das planícies do Chile. Na natureza, tem uma forma de vida subterrânea, habitando em túneis, em grupos numerosos de 10 ou mais indivíduos.

Como animal de estimação:
É um roedor muito curioso e social, tanto na interacção com outros da mesma espécie como com o Homem, e só muito recentemente (últimos 50 anos) apareceu como animal de estimação.

Tal como outros roedores, o melhor é mantê-los em pares ou grupos do mesmo sexo. No caso dos machos, animais adultos podem lutar entre si, pelo que devem ser habituados desde a infância a estarem juntos. Sozinho, um Degu pode entrar em depressão e tornar-se hostil ou mais susceptível à doença, se não for constantemente mimado pelo dono, pelo que o melhor mesmo é ter companhia.

Os Degus não devem estar expostos ao Sol ou receber luz solar directa. A gaiola deverá ser grande e ter espaço para os seus saltos e brincadeiras. Evite agarrá-lo pela traseira ou pela cauda. Se habituados com humanos desde cedo, aprendem a vir ter com a nossa mão, mesmo quando fazem exercício fora da gaiola.

É um animal curioso e que gosta de mimos, podendo ficar com ciúmes quando aparece um novo animal de estimação na casa, pelo que se deve continuar a prestar o mesmo carinho.
As características do corpo assemalham-se a um gerbo, mas o focinho tem mais a ver com uma Chinchila. Os dentes são laranja e esta cor indica que o animal é saudável.
Para distinguir entre macho e fêmea, o melhor é observar a distância entre a uretra e o ânus; se for pequena, é uma fêmea, se esta distância for maior então estamos na presença de um macho.

Alimentação:
Ao Degu pode ser dado ração própria ou, no caso de não se conseguir arranjar, uma mistura de ração de Porquinho-da-índia com ração de Chinchila, cenoura, bróculos, grelos, nabiças, couve flor, feno e alguma alfafa. Ocasionalmente, pode dar-se sementes de girassol descascadas ou meio amendoim.

Os Degus provêm de climas secos e precisam de beber mais água que outros roedores, por isso esta deve estar sempre disponível. Atenção, não se deve dar nada que inclua açucar, como frutas ou passas, dado que estes não podem digerir açucares. Batatas também são muito tóxicas.

Não se deve usar rodas nas gaiolas, pois podem arranjar problemas sérios nas patas. Gaiolas de plástico devem ser evitadas, pois eles roem e mascam o plástico, o que é prejudicial.

Os banhos de água devem ser evitados, mas se quiser proporcionar algo especial ao seu animal de estimação, pode preparar-lhe um banho de areia num recipiente próprio, que eles adoram.

Reprodução:
Como os Porquinhos-da-Índia e as chinchilas, os Degus nascem já completos, o seu período de gestação é de 90 dias e podem ter de 1 a 6 bebés.

Esperança de vida e tamanho:

A sua esperança média de vida varia entre 10 e 15 anos e em adulto mede cerca de 20 cm.

 


 Gerbo da Mongólia

 

Nome científico: Meriones unguiculatus

Distribuição
Os gerbos são originários das estepes e desertos da Mongólia e Norte e Noroeste da China.

Como animal de companhia
Na Natureza, formam colónias, que vivem em galerias escavadas no solo para se protegerem do frio e dos predadores.
Se pretende ter um gerbo como animal de companhia, lembre-se destes factos quando for tratar do local onde ele, ou preferencialmente eles, vão viver.
Na organização social dos gerbos é importante haver contacto fisico com outros animais da mesma espécie, para as suas frequentes brincadeiras e para estabelecimento de laços afectivos e hierárquicos.

Assim, antes de adquirir animais desta espécie verifique o espaço que tem disponível para eles.
Se só puder despender de um pequeno espaço, que só dê para uma pequena gaiola, deve optar por apenas um casal, e estar sempre preparado para dar as crias. Se não pretende que se reproduzam, o melhor é optar por dois indivíduos do mesmo sexo.
Os gerbos são animais de grande dinamismo fisico, precisam de muito espaço para se exercitarem. Devem ter espaço disponível para a cama, para a comida, para a higiene, para a sua ginástica diária e ainda uma «zona social». Se houver espaço para isso, será bom terem também um pequeno reservatório com areia fina, a chamada areia de banho para roedores, onde os gerbos se possam rebolar, recriando assim o seu ambiente natural.
Desta forma, mais que dois animais numa pequena gaiola vão criar problemas e aumentar a tensão entre eles.
Como em qualquer outro tipo de animais, apesar de serem muito sociais, também os gerbos são um pouco territoriais. Se só tem um gerbo e pretende comprar ou adoptar um outro, deve tomar algumas precauções. O animal que já vive em sua casa tem a gaiola impregnada com o seu cheiro, aquele é o seu território. Normalmente, ao chegar o novato, o mais antigo vai tentar expulsá-lo, o que pode provocar ferimentos graves ou mesmo a morte de um deles. Deve então ter ou mais que uma gaiola e ir trocando os gerbos todos os dias de gaiola, mas deixando que se observem um ao outro. No máximo ao fim de uma semana vai poder juntá-los sem que haja disputas ou lutas entre eles. Se tiver apenas uma gaiola, convém colocar-lhe um separador central, que pode ser em acrílico, em rede ou qualquer outro material, desde que não permita que, de alguma forma, um dos gerbos consiga passar para o outro lado, não sendo contudo impeditivo de os animais se verem e cheirarem. Vá trocando na mesma os animais de compartimento, para que cada um se habitue aos odores do outro.

Existem gaiolas no mercado, com vários patamares em altura, já com alguns brinquedos e túneis, que estes animais adoram. Estas gaiolas já podem receber mais alguns animais, mas ocupam mais algum espaço e financeiramente implicam um maior investimento. Com dedicação e alguma paciência, também as pode fazer em casa, o que lhe poupará algum dinheiro.
O mais comum entre os criadores destes pequenos animais é utilizarem duas ou mais gaiolas, ligadas entre si com tubos de PVC. Para além de o investimento ser feito de forma gradual, os tubos de ligação entre as gaiolas recriam, de certa forma, as galerias que estes animais tanto apreciam na Natureza.

Como acontece com todos os roedores que vivem em cativeiro, é muito importante que tenha um tronco de madeira dura, próprio para afiarem os dentes, que pode encontrar nas casas que vendem artigos para animais.
Os gerbos gostam de brinquedos, tenha sempre alguns adequados a estes animais dentro da gaiola.


Alimentação
Existem já no mercado vários tipos de misturas de sementes para roedores em geral. No entanto, e se tiver acesso a alguma variedade, escolha sempre uma própria para estes animais. Para além disso, deve fornecer pedaços de fruta ou vegetais aos seus gerbos, com regra e muito bem lavados. Estes alimentos frescos são indispensáveis ao bem estar dos seus animais, porém, se tiverem diarreia, retire ou reduza os vegetais. Pode ainda completar esta dieta com larvas de tenébrio molitor, que só deve conseguir encontrar em casas da especialidade que vendam répteis, e não será em todas.
Na gaiola deve haver sempre um bebedouro próprio para roedores com água fresca e em muita quantidade. Mude a água todos os dias e, para evitar a formação de algas dentro dos bebedouros, lave-os muito bem, com uma escova ou escovilhão, uma vez por semana.


Reprodução
Os gerbos, tal como os outros pequenos roedores, crescem depressa e ficam sexualmente maduros em menos de 2 meses. Se juntar um macho e uma fêmea de idade superior a esta, tem de estar preparado para, a qualquer momento, ter uma família de gerbos aumentada. O tempo médio de gestação desta espécie ronda os 21 a 24 dias.
Normalmente nascem cerca de 5 ou 6 pequenos gerbos em cada ninhada. Na primeira, nascem por vezes apenas dois ou três animais, e também é verdade que, com o passar do tempo, podem nascer mais que seis por ninhada.
Os gerbos tendem a formar pares para toda a vida. Se pensa no bem estar dos animais, e se depois do nascimento de uma ninhada não pretende ter mais crias, não se desfaça de um dos membros do casal. Use o truque de dividir as gaiolas, para se verem um ao outro, evitando separá-los em definitivo.

Tamanho, peso e cores
Os gerbos da Mongólia podem atingir os 24 cm de comprimento, rabo incluído, e pesar eté 90 g.
Existem neste momento cerca de 30 tonalidades destes animais, devido ao facto de terem começado a tornar-se animais de companhia (à semelhança do que acontece, por exemplo, com os periquitos).
No estado selvagem só existe uma cor, o agouti, acastanhado no dorso e branco no ventre.


Longevidade
A esperança de vida destes simpáticos roedores é, no máximo, de 5 anos. Prepare-se, pois dificilmente o seu animal vai durar tanto tempo.